19 junho 2006

O Bussunda?

É... humoristas também morrem de infarto do miocárdio. Parece um contra-senso essa afirmativa. E é. Estranho saber que quem faz humor, vive dele e com ele morra desse jeito: do coração. A alegria está aderida à vida. Então a melancolia deve ser a sala de espera da morte. Sei lá. O fato é que a partida do Bussunda veio como uma espada afiada, cortante, fria e impiedosa bem no meio da festa. Saiu de cena o “monta-prazeres”. Deram um tiro no meio da alegria. E assim dói mais, bem mais.

09 junho 2006

Sabedorias rapidinhas

Da tirinha que vem por dentro da embalegem do bombom Serenata de Amor:

"Nada existe de grandioso sem paixão."


Da "boléia" de uma moto, ontem à tarde:

"Filho de rico é playboy, filho de pobre é motoboy."

02 junho 2006

Um poema.

Estou tentando fazer uma iniciação poética. Vamos ver no que dá.

JANELA DO UNIVERSO

Globo do olho terrestre
Testemunha ocular do universo
Pelo meio da íris azul oceânica
Surge a força da gravidade do olhar imerso.

Atrai almas como um meteoro disperso
Que invade o vulcão pupilar do órgão da visão.
Ultrapassa a córnea de abóbada celeste
E segue o nervo ótico depressa, com precisão.

Espalha-se e transpassa o tapete da retina
Depois de adentrar o cristalino sem veste.
Derrete-se e se desfaz no calor do centro da alma
E retorna à tona em erupção, pela menina.

Regressa enfermo ao espaço, talvez inerte...
Ou, quem sabe, saia ileso, refeito e sem trauma.