02 junho 2006

Um poema.

Estou tentando fazer uma iniciação poética. Vamos ver no que dá.

JANELA DO UNIVERSO

Globo do olho terrestre
Testemunha ocular do universo
Pelo meio da íris azul oceânica
Surge a força da gravidade do olhar imerso.

Atrai almas como um meteoro disperso
Que invade o vulcão pupilar do órgão da visão.
Ultrapassa a córnea de abóbada celeste
E segue o nervo ótico depressa, com precisão.

Espalha-se e transpassa o tapete da retina
Depois de adentrar o cristalino sem veste.
Derrete-se e se desfaz no calor do centro da alma
E retorna à tona em erupção, pela menina.

Regressa enfermo ao espaço, talvez inerte...
Ou, quem sabe, saia ileso, refeito e sem trauma.

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