Estou tentando fazer uma iniciação poética. Vamos ver no que dá.
JANELA DO UNIVERSO
Globo do olho terrestre
Testemunha ocular do universo
Pelo meio da íris azul oceânica
Surge a força da gravidade do olhar imerso.
Atrai almas como um meteoro disperso
Que invade o vulcão pupilar do órgão da visão.
Ultrapassa a córnea de abóbada celeste
E segue o nervo ótico depressa, com precisão.
Espalha-se e transpassa o tapete da retina
Depois de adentrar o cristalino sem veste.
Derrete-se e se desfaz no calor do centro da alma
E retorna à tona em erupção, pela menina.
Regressa enfermo ao espaço, talvez inerte...
Ou, quem sabe, saia ileso, refeito e sem trauma.
02 junho 2006
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