22 março 2007

Equilíbrio (eqüi)distante.

Entre nós há falta de diálogo?

Então, vamos discutir a relação!

Tudo clichê?

Que vá tagarelar você,

com seus vícios aos extremos!

E me deixe calada,

com minha virtude aqui...

No meio.

21 março 2007

Boas (?) notícias do dia, no mundo.

Alemanha: menos uma vida sacrificada. Deturpada pelos mimos humanos e fadada à exposição numa vitrine? Sim. Mas poupada.



Vietnã: menos um abandonado. Assustado por estar longe das raízes e perto da indiscrição constante da mídia? Sim. Mas cercado de confortos.


15 março 2007

Resposta na ponta da língua.

Minha avó foi ao médico hoje, acompanhada de minha mãe. Estava sentindo dores no pulso direito há uns dias e havia um inchaço no local também. Lá na clínica ortopédica, depois de uma espera de algumas horas e muitas reclamações adiante, entrou no consultório. O clínico perguntou:

- O que é que a senhora tem?
- Não sei, ora! Quem vai me dizer o que é que eu tenho é o senhor, que é médico. E eu vim aqui pra isso.
- (sorriso amarelo)
- Meu pulso dói à beça e está inchado.

Voltou pra casa com o braço engessado, sem saber direito o que houve com o punho e fula da vida, achando que o médico era muito seco.

14 março 2007

Dia da Poesia.

Acabei de saber que hoje, 15 de maço, é o dia da poesia. Apesar de eu não ser muito interessada nesse estilo literário, senti vontade de destacar uma pérola.

Os poemas
Mário Quintana

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Doce e delicada.

O que seria?
(Badi Assad)

Então, o que seria de mim sem você?
Labaredas sem o fogo
Toda a fortuna, sem as regras do teu jogo
Talvez eu fosse somente lágrima
Sem te ter para pescador
Um peixinho perdido num vaso de flor

Só você pode entender
Meu canto sem fim, meu querubim
Sem você tudo seria desconexo
Como guerra sem paz, filho sem sexo
Deus sem diabo, santo sem amuleto
O longe assim tão perto

E quando suas ondas não surfam pelos meus canais
Meus dias viajam icebergs pelo mar
Sou 13 numa sexta-feira
Sou uma boca feiticeira
dentes que mascam desejos de alforria

Só você pode entender
Meu canto sem fim, meu querubim
Sem você tudo seria desconexo
Como guerra sem paz, filho sem sexo
Deus sem diabo, santo sem amuleto
O longe assim tão perto

Então o que seria de mim sem você?
Um poço sem os desejos
Circo itinerante preso num lugarejo
Talvez eu fosse somente música
Sem te ter para me compor
Apenas sons perdidos num vale sem flor

Só você pode entender
Meu canto sem fim, meu querubim
Sem você tudo seria desconexo
Como guerra sem paz, filho sem
Deus sem diabo, santo sem amuleto
O longe assim tão perto