24 fevereiro 2007

Como pode isso?

Participo de um grupo de discussão sobre literatura, via Internet, e o mote do momento por lá é o Big Brother. O assunto tem nada a ver com literatura, penso eu, só que o pessoal discute até receita de bolo por essa lista. Fiquei surpresa de saber que uma turminha de pelo menos meia dúzia de confessos acompanha o programa rigorosamente em dia.

Eu acho o Big Brother um saco! E por mais que eu me esforce e que tente me abster de preconceito, não consigo entender como é que um programa desses é capaz de agradar um público TÃO eclético. Há quem justifique, de uma forma mais erudita, que aquilo dali é uma vitrine das mazelas do comportamento humano, ou que é um palco que prova que todo mundo tem seu momento de camarim. Prefiro a espontaneidade dos mais humildes que assistem àquela chatice porque adoram uma fofoca, um barraco, uns caras sarados e mulher gostosa. Cada um com seus motivos, mas com a mesma atração em comum: todo mundo vê o raio do programa!

Eu prefiro novela. Raramente perco um capítulo da que passa às nove. Seguramente há um bocado de gente que deve achar que novela é uma chatice e não entender como é que um programa desses agrada a um público igualmente TÃO eclético. Minha alegação de defesa é que adoro histórias bem contadas, incluindo as que se passam nas novelas.

Tudo bem que na maioria das vezes essas histórias não são tão bem contadas assim, tampouco se comparam as que são relatadas em um bom romance literário, lógico. O fato é que sempre acompanho as novelas desse horário, mesmo admitindo que algumas delas são chatíssimas e até meio fúteis. O amadorismo do Big Brother me irrita. Se é pra representar, fico com a novela. Por mais que elas possam imitar a realidade, há uma atmosfera fake mais bem criada ali que me entretém.

Sem mais, ao fim de cada capítulo, troco de canal ou desligo a televisão. A não ser que não tenha BBB depois... Hi hi hi.

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